João Paulo
[...]Gabriela, mesmo se tornando lenda e parte da memória afetiva do povo brasileiro em suas adaptações para o cinema e televisão, ainda convence como romance. Mais do que isso, tem o poder de trazer de volta a sedução da arte de Jorge Amado em seu melhor momento de criador. Mas é preciso não ver no livro uma ruptura tão drástica com os romances anteriores. Há, sem dúvida, um gesto de soltura e ampliação da matéria ficcional, mas são movimentos que se percebem em livros que antecederam a saga de Gabriela, em livros que não podem ser descartados como aplicação de fórmulas políticas.
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