21.00 x 14.00 cm, 168 pp. ISBN 9788535918694 84,90
O amor do soldado Teatro, 1947
A peça O amor do soldado é protagonizada por Castro Alves, poeta baiano, um dos grandes nomes do romantismo brasileiro. Ao lado do poeta dos escravos, autor de “O navio negreiro”, o texto coloca em cena a atriz portuguesa Eugênia Câmara, com quem Castro Alves manteve um caso amoroso e a quem dedicou alguns dos poemas de Espumas flutuantes. A história começa em 1866, no Recife, onde os amantes se conhecem, e a ação retrata os conflitos de um autor dividido entre a relação com sua amada e a causa abolicionista. O conflito é compartilhado por Eugênia. Ela admira a consciência social do poeta, mas hesita entre dar seqüência à bem-sucedida carreira de atriz ou acompanhar um Castro Alves devotado à libertação dos escravos e aos ideais republicanos. O amor do soldado compõe-se de três atos, prólogo e epílogo. Tem como cenário as cidades do Recife, do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde Castro Alves viveu e atuou. Em dezenove cenas, figuram personalidades históricas como Joaquim Nabuco, Rui Barbosa, Tobias Barreto, Antônio Borges da Fonseca e Fagundes Varela. Além disso, o próprio Autor participa da peça. Jorge Amado intervém em diversos momentos para explicar passagens da vida de Castro Alves e o contexto histórico em que se passa a ação. O amor do soldado faz, assim, um elogio ao poeta que, como um lutador na frente de batalha pela abolição e pela República, combinou lirismo e atuação social.
REPARAÇÃO Ian McEwan
Por não entender o mundo adulto da paixão e da sexualidade, Briony Tallis, uma menina inocente que sonha ser escritora, acusa injustamente seu irmão de criação. Drama psicológico que tem como pano de fundo a Segunda Guerra Mundial e as tensões de classe da sociedade britânica. Eleito um dos melhores livros do século XXI pelo The New York Times.
Única obra teatral de Jorge Amado, a peça O amor do soldado foi escrita em 1944, atendendo a um pedido da atriz e diretora Bibi Ferreira, que pretendia encená-la. A companhia de Bibi, no entanto, logo se desfez, e a peça não chegou a ser levada ao palco. Originalmente intitulada O amor de Castro Alves, a obra retoma, em linguagem dramatúrgica, passagens da biografia do poeta, ABC de Castro Alves, realizada por Jorge Amado poucos anos antes. Elaborado durante a Segunda Guerra Mundial, o texto compara a importância de Castro Alves à dos pracinhas brasileiros que combatiam na Europa. Diz o autor em uma de suas intervenções no texto: “Em honra aos soldados expedicionários brasileiros trazemos à cena a vida do poeta libertário e libertador”. A peça foi publicada em 1947, ano em que se comemorava o centenário de nascimento de Castro Alves, ainda com o título O amor de Castro Alves. A partir de 1958 passou a se chamar O amor do soldado.