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21.00 x 14.00 cm, 432 pp.
ISBN 9788535916027
99,90
O sumiço da santa
Romance, 1988 | Posfácio de Yvonne Maggie
     A imagem de Santa Bárbara nunca havia saído da igreja matriz de Santo Amaro da Purificação. Mas, requisitada para figurar em uma exposição de arte religiosa, deixou o altar e empreendeu viagem até a cidade da Bahia. O saveiro Viajante sem Porto, conduzido por Mestre Manuel, adentrou a Bahia de Todos os Santos levando a santa católica. Destino da escultura: o Museu de Arte Sacra, onde o diretor, dom Maximiliano von Gruden, um frade alemão, programara exibi-la aos jornalistas e à população, orgulhoso do estudo que desenvolvera sobre a autoria da escultura.
     Para surpresa geral, ao chegar, Santa Bárbara se transmuta em Iansã, sobe a rampa do Mercado, toma o rumo do elevador Lacerda e some no meio do povo. Em Salvador, ela quer finalizar um trabalho iniciado meses antes, numa Quinta-feira do Bonfim, quando ajudara a jovem e formosa Manela na lavagem das escadarias da igreja. Agora, a divindade aproveita para livrar o espírito de Manela do controle da severa tia Adalgisa.
     Neste livro de humor contagiante e estilo primoroso, uma santa católica assume sua identidade do candomblé para ensinar aos que encontra pelo caminho o melhor da vida - a alegria e a tolerância -, em uma história que só poderia transcorrer na Bahia de Jorge Amado: lugar onde tudo se mistura e não há separação entre a virtude e o pecado, o bom-senso e o absurdo, a fé e a feitiçaria, a oferenda e o milagre.
SANTA EVITA
Tomás Eloy Martínez
Romance repleto de revelações sobre a mulher mais arbitrária e magnética da Argentina. O ponto de partida são as "aventuras" de seu corpo embalsamado e dos patéticos personagens com ele envolvidos.


     Jorge Amado acalentou o projeto de escrever O sumiço da santa durante vinte anos. A história, que começou a ser concebida nos anos 60, deveria se chamar A guerra dos santos. Escrita em 1987 e 1988, em Paris, foi publicada em livro em 1988 com ilustrações de Carybé.
     A narrativa se passa no período em que foi originalmente concebida, “ao término dos anos 60 ou nos começos dos anos 70, por aí assim”, como anota o próprio autor no livro. A ação é breve: toda ela se desenrola num período de 48 horas. No entanto, Jorge Amado distende o enredo de forma a capturar o leitor em seu estilo exuberante e envolvente, fazendo de O sumiço da santa um de seus romances mais longos.
     Escrito quando o autor contava 75 anos, é um livro que sintetiza as principais linhas de força da obra de Jorge Amado, reunindo seus temas de predileção, como a mestiçagem, a sensualidade, o sincretismo religioso, além de marcas de sua prosa madura, como humor fácil aliado a uma construção refinada e às ricas descrições dos costumes, das festas, do candomblé, da cidade de Salvador e do momento histórico.
     A trama inclui referências a personalidades baianas como dona Canô, mãe de Caetano Veloso, o artista plástico Carybé, o compositor Dovival Caymmi, o obá Camafeu de Oxóssi e mãe Menininha do Gantois, entre outras personalidades da vida real. O romance foi publicado em Portugal e traduzido para diversos idiomas.
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Créditos | Fundação Casa de Jorge Amado
Apoio educacional: Volkswagen
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