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21.00 x 14.00 cm, 176 pp.
ISBN 9788535917987
79,90
O país do Carnaval
Romance, 1931 | Posfácio de José Castello
     Primeiro romance de Jorge Amado, O país do Carnaval faz um retrato crítico e investigativo da imagem festiva e contraditória do Brasil, a partir do olhar do personagem Paulo Rigger, um brasileiro que não se identifica com o país.
     Filho de um rico produtor de cacau, Rigger volta ao Brasil depois de sete anos estudando direito em Paris. Num retorno marcado pela inquietação existencial, ele se une a um grupo de intelectuais de Salvador, com o qual passa a discutir questões sobre amor, política, religião e filosofia. Dúvidas sobre os rumos do país ocupam o grupo.
     O protagonista mantém uma relação de estranhamento com o Brasil do Carnaval, acredita que a festa popular mantém o povo alienado. Os exageros e a informalidade brasileira são motivo de espanto, apesar de a proximidade com o povo durante as festas nas ruas fazer com que ele se sinta verdadeiramente brasileiro. Aturdido pelas contradições, Rigger decide voltar para a Europa.
     Mestiçagem e racismo, cultura popular e atuação política são alguns dos temas de Jorge Amado que aparecem aqui em estado embrionário. Brutalidade e celebração revelam-se, neste romance de juventude, linhas de força cruciais de uma literatura que se empenhou em caracterizar e decifrar o enigma brasileiro.
CARNAVAL NO FOGO
Ruy Castro
A apaixonada crônica de Ruy Castro retrata o Rio de Janeiro como um palco de perigos e prazeres - desde 1502, quando Américo Vespúcio lhe deu o nome que a consagrou internacionalmente. O autor faz um misto de narrativa, ensaio, história e conversa fiada sobre uma cidade com excitante vocação para o épico - e para transformar o épico em samba.


     O país do Carnaval é o primeiro romance de Jorge Amado, escrito quando ele tinha apenas dezoito anos. O livro foi publicado pela editora Schmidt em 1931, mesmo ano em que o autor ingressou na faculdade de direito no Rio de Janeiro. Antes de O país do Carnaval, Jorge Amado publicara os poemas de A luva e a novela Lenita, mas por opção do próprio escritor esses trabalhos não foram incluídos na relação de suas obras completas.
     A primeira edição teve tiragem de mil exemplares e prefácio do editor e poeta Augusto Frederico Schmidt. O romance foi recebido com entusiasmo por Rachel de Queiroz, que havia publicado O quinze no ano anterior. Os dois escritores se conheceram no Rio de Janeiro, e foi ela quem lhe apresentou a Juventude Comunista. Em 1932, Jorge Amado se tornou militante.
     Ainda em Salvador, o escritor já havia freqüentado, entre 1927 e 1931, a Academia dos Rebeldes, grupo literário formado em torno do jornalista e poeta Pinheiro Viegas. Em entrevista ao jornalista Joel Silveira, Jorge Amado destacou a influência de Viegas e seu grupo na escrita de O país do Carnaval. Alguns críticos apontam ainda o intelectual paulista Paulo Prado, autor de Retrato do Brasil, como modelo para o protagonista Paulo Rigger.
     Considerado subversivo, O país do Carnaval estava entre os livros de Jorge Amado que foram queimados em praça pública em Salvador, por determinação da polícia do Estado Novo, em 1937. O livro foi publicado em Portugal e traduzido para mais três idiomas.
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